segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Filipinas, Manila

Manila - Um dos sítios onde vivi e uma das cidades mais feias que já vi. Manila é poluída, cheia de gaps sociais gritantes, sobre-populada, cheia de centros comerciais, cheia de seguranças e armas e sem grande história para contar.


Mistura de arranha-céus com palmeiras e bananeiras, donde da história recente (WWII) só sobrou Intramuros, uma meia dúzia de casas coloniais espanholas com muito pouca manutenção.



O trânsito é caótico e ruidoso mas flui de uma forma inexplicável, smog à grande e 36 graus com 96% de humidade e muita, muita pobreza...em 14 milhões, 3 vivem com fome. No rio não há peixes mas a população bebe e toma banho nele. 



Há mega-shopping centers a cada 20 m (o Colombo é para meninos comparado com estes shoppings) com todas as lojas americanas ou não fossem os Filipinos venerarem tudo o que é Americano. Tudo temperado sempre por um ar-condicionado a bombar que me lembra sempre o frio polar da Tundra mas onde os Filipinos parecem viver felizes ou não fosse essa a causa principal da afluência aos shoppings...sim porque as lojas estavam quase sempre às moscas.


Eu vivia em Makati e trabalhava em Ortigas e era das poucas ocidentais que andava de transportes públicos. O metro era o meu favorito com cerca de 15 estações. As primeiras carruagens são para mulheres, crianças e idosos para não terem que se misturar num ambiente apertado e potencialmente pervertido com homens. Agradeço ao meu paizinho os 50 cm a mais que eu tenho que a média da mulher Filipina e que me permitiam respirar dentro destas carruagens e controlar de cima o ambiente.


Filipinos - amorosos e super gentis! Super católicos (há igrejas dentro dos centros comerciais). A língua espanhola é um mito porque já ninguém fala espanhol...usam algumas palavras assim como usam algumas palavras inglesas no meio do Tagalog. Especialmente palavras que não existiam na língua nativa como plato, cellphone, etc. Toda a gente fala Inglês devido à colonização americana pós WWII. 

A noite é meio decadente com as Filipinas a tentarem sacar um ocidental quer para saírem da pobreza quer para arranjarem um homem mais decente (os homens Filipinos têm fama de brutos e como há muito mais mulheres que homens eles não têm que se esforçar nada). 

Há também montes de prostituição e às vezes mesmo à porta da Igreja...Há imensos gays e os sinais públicos de afecto são lhes permitidos coisa que não é permitido aos casais heterossexuais. Outra característica é que nas Filipinas o casamento é literalmente para a vida pois não há divórcio!


Manila, valeu pelas pessoas extraordinárias que encontrei.



                                           Makati,  o distrito financeiro, visto do meu 27º andar.
                     A baía de Manila com um pôr do sol sempre espectacularmente colorido devido aos vários gases poluentes na atmosfera. 

 As caras que estão por todo lado e que se espera nunca ter de se cruzar. Tenho dúvidas sobre o que aconteceu aos tipos com as cruzinhas em cima.... 
 O desporto nacional das Filipinas, o Karaoke. Nestas máquinas que estão nos centros comerciais é possível sair com um CD gravado! Devo dizer que têm sempre fila e que a insonorização também não é grande coisa porque se houve tudo cá fora.
                                           Uma foto tirada em Intramuros de um vendedor de gelados.
A noiva mais sozinha e triste...não sei se era dos sapatos apertados ou do noivo estar cá fora já bêbado a ser segurado pelos amigos, vou por esta última opção.

Fica uma sugestão de filme brilhante passado em Manila, do Brilhante Mendoza (não resisti ao trocadilho fácil). Chama-se "Lola", que significa avó em Tagalog. Uma estória crua e pesada mas infelizmente com muito realismo.

Let´s look at the trailer:



Nenhum comentário:

Postar um comentário