quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Areia e camelos

Dubai.
Foi o voo mais difícil de conseguir. Eu só voo quando há vagas e o facto do primeiro avião de Lisboa para Frankfurt estar cheio, fez com que só fosse no segundo avião, o que por sua vez fez com que já não conseguisse apanhar o avião para o Dubai. E a partir daí foi o inferno. Todos os aviões estavam cheios e sem hipótese nenhuma. E eu que deveria ser a primeira a chegar pois era quem tinha a chave do apartamento. Comecei a ponderar voar para qualquer destino no médio Oriente minimamente perto do Dubai mas nem assim foi fácil.

No dia seguinte, lá consegui com a boa vontade do comandante embarcar num lugar da tripulação e assim se passaram 6h entre a cozinha e outros 3 lugares do avião (sendo um deles de frente para os passageiros todos, parecia que estava de castigo). A tripulação foi uma simpatia, em particular um aeromoço brasileiro que ficou o meu melhor amigo depois de me encher de Häagen Dazs durante toda a viagem. Cheguei a Abu Dhabi, onde uma carrinha da mesma companhia aérea nos esperava para fazer a ligação ao Dubai. Esta ligação demorou cerca de 40 minutos... e pronto 1 dia depois do plano inicial, e umas horas depois da minha amiga, cheguei!

O Dubai é uma espécie de Disneyland para adultos pois no meio do deserto que é o Dubai há prédios ultra modernos, cheios de restaurantes da moda, shoppings com lojas requintadas, carros de luxo, hotéis sofisticados (alguns de gosto duvidoso, a abusar do dourado), muito deserto e praias de areia fina e branca com água transparente e quentinha. Tirando isto, não vão com mais expectativa nenhuma porque não há mais nada. Mesmo nada. Não há uma identidade cultural nem mesmo nada de tradicional pois o Dubai era um meeting point de tribos nómadas e de apanhadores de ostras. Logo para souvenirs típicos só mesmo camelos e areia.

Eu comprei montes de coisas giras no souk (mercado) mas tudo da Índia, Paquistão, Bangladesh e Irão...

 A praia de areia branca e fina com água quente e transparente. Atenção que era Fevereiro e estavam só uns 25 graus.... Nesta águas, logo no primeiro dia morreu a minha máquina fotográfica :-(
 A vista da praia, arranha céus e camelos! Havia também montes de trabalhadores das obras Indianos e Paquistaneses a aproveitar a hora de almoço para mirar ao longe as turistas de bikini na praia...
 Para se perceber melhor a omnipresença dos arranha-céus na praia. Entre estes e a praia há um calçadão sempre cheio de pessoas e uma faixa de rodagem onde a 30km/h os locals exibem os seus ferraris e as outras máquinas de 4 rodas.
 O mercado do ouro. Foi aqui que comprei uma máquina muito mas muito manhosa para substituir  a que súbita e precocemente morreu na praia. Vejam como a qualidade das fotos decaiu daqui para a frente com a minha Yashica de 50€ :-(
 Há sempre tempo e espaço para uma pausa.
 As paragens dos autocarros, sempre climatizadas não vão os passageiros fritar enquanto esperam.
 Uma vista da parte antiga, com as embarcações típicas (alguma coisa típica!) no Dubai Creek. Esta embarcação é a melhor forma de chegar ao outro lado e em especial ao souk (mercado).
 Vista dos barcos no Dubai Creek.
 STOP devidamente traduzido.
 Whitening cream for men? MEDO!
 Agora já do outro lado do Dubai Creek. Esta foto lembra-me algum filme assim de repente....
As inúmeras gruas e novos prédios sempre a crescer. 

A vista da sala da casa do meu amigo...e mais um pequeno oásis de construção (já não sei qual era o andar mas era qualquer coisa como trigésimo e qualquer coisa).
 E mais arranha-céus.
 E tudo e mais alguma coisa de Camelo...não, não experimentei :-P
 Um dos dois museus do Dubai. Este é o que conta a história do Dubai, é fraquinho mas esforçado e permite ter uma ideia sobre como tudo se passou desde a areia aos arranha-céus.
 A orientação nas ruas.

 À entrada do Burj Al Arab, diz que este hotel tem 7 estrelas...
 A vista para terra do Burj Al Arab, é outro hotel que também não parece nada mal.
 A vista do restaurante do topo do Burj Al Arab. Consegue-se ver o começo da ilha da palmeira lá ao fundo. No restaurante de baixo, há um buffet que custa 50€ e é all you can eat de comida asiática. Neste restaurante de cima, nem me aventurei a perguntar o preço :-S
 E aqui uma vista melhor da ilha da palmeira.
 Uma vista do restaurante de topo onde todos os turistas vão para tirar fotos da paisagem.
 A entrada do hotel. Os corações devia ser porque estávamos no São Valentim (quero acreditar nisso), de qualquer forma para entrada de hotel de mega-luxo, estes corações com repuxos, com a escada rolante de lado e os tectos todos a pender para o dourado não me convenceram em termos de decoração. A minha ideia de 7 estrelas é branco cheio de design a pender para o minimalista...dourado e corações não entram....
Ei-lo de fora, o grande Burj Al Arab, reforço que gosto dele em termos arquitectónicos mas em termos de decoração interior nem por isso...
 E o Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo com 828 metros, que nisto de construção em altura o Dubai não brinca! Segundo o wikipedia tem cerca de 160 andares e 57 elevadores... Reza a história que era para se chamar Burj Dubai mas à última da hora não havia dinheiro para pagar as obras e tiveram que pedir dinheiro emprestado ao Khalifa de Abu Dhabi. Assim, em sinal de reconhecimento, passou a chamar-se Burj Khalifa. É aqui que está o Hotel Armani que espero que para bem deles tenha menos dourado que os todos os outros hotéis que visitei....não consegui visitar este porque havia uma avaria nos elevadores e nestas torres com problemas desses não se arrisca, não fosse ficar presa entre o 77º e o 78º andar...livra!



E ainda algumas curiosidades segundo o wikipedia:

O Burj Khalifa possui um posto de observação a 442 metros de altura.
A quantidade de janelas de vidro colocadas no Burj Khalifa daria para fechar 20 estádios de futebol e 30 de futebol americano.
A quantidade de energia elétrica usada no Burj Khalifa é equivalente ao gasto de 500 000 lâmpadas de 100 watts ao mesmo tempo.


  • O Burj Khalifa possui o peso equivalente de 100 000 elefantes
  • O Burj Khalifa necessita de 1 000 000 litros de água por dia. 
  • Visto de cima, o Burj Khalifa forma uma flor-de-lótus, sagrada no Oriente. 
  • Para limpar todas as janelas de Burj Khalifa, seriam necessários, pelo menos, 4 meses. 
  • Com o aço que foi preciso para construir o Burj Khalifa, daria para construir uma estrada percorrendo 1/4 da circunferência terrestre (dos Estados Unidos ao Oriente Médio) 

Em 3 palavras IM PRE SSIONANTE :-)
 Nas imediações do Burj Khalifa e do mega Shopping center.
 O mega shopping center que fica ao lado do Burj Al Arab. Tem espectáculo de luz e cor, a horas determinadas, era por isso que estava cheio de gente à espera junto ao lago.
A ilha da palmeira, vista da janela do avião. O mapa do mundo também cheguei a ver do Burj Al Arab mas como não tem ligação com terra fica mais longe e logo não ao alcance da lente da minha Yashica de 50€ :-(

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