quarta-feira, 25 de abril de 2012

Acabadinho de ler: O Bom Inverno


Acabei de devorar "O Bom Inverno", uma estória envolta em suspense com muitos momentos de terror e que é impossível parar de ler.  
Mais uma vez a estória começa em Budapeste, passando rapidamente para Itália, mais precisamente para Sabaudia, uma cidade construída numa zona pantanosa a mando de Mussolini. É também nesses pântanos que os personagens deste livro se vão afundando moralmente na luta individual pela sobrevivência. Gosto da forma quase cinematográfica como está escrito (aliás facilmente é adaptado ao cinema) e do mistério que paira sobre as várias personagens que só se  desvenda mesmo no fim (se acreditarmos na versão do narrador). E mais uma vez, alguns dos personagens principais são escritores, o que leva sempre à dúvida sobre a verdade dos factos narrados e sobre o verdadeiro móbil destes nesta estória.

E depois livro, quero ler o anterior do mesmo autor, "As três vidas", o que ganhou o prémio Saramago (que dizem que é o melhor). Venha de lá essa Feira do Livro!


Sinopse:
Quando o narrador, um escritor prematuramente frustrado e hipocondríaco, viaja até Budapeste para um encontro literário, está longe de imaginar até onde a literatura o pode levar. Coxo, portador de uma bengala, e planeando uma viagem rápida e sem contratempos, acaba por conhecer Vincenzo Gentile, um escritor italiano mais jovem, mais enérgico, e muito pouco sensato, que o convence a ir da Hungria até Itália, onde um famoso produtor de cinema tem uma casa de província no meio de um bosque, escondida de olhares curiosos, e onde passa a temporada de Verão à qual chama, enigmaticamente, de O Bom Inverno. O produtor, Don Metzger, tem duas obsessões: cinema e balões de ar quente. Entre personagens inusitadas, estranhos acontecimentos, e um corpo que o atraiçoa constantemente, o narrador apercebe-se que em casa de Metzger as coisas não são bem o que parecem. Depois de uma noite agitada, aquilo que podia parecer uma comédia transforma-se em tragédia: Metzger é encontrado morto no seu próprio lago. Porém, cada um dos doze presentes tem uma versão diferente dos acontecimentos. Andrés Bosco, um catalão enorme e ameaçador, que constrói os balões de ar quente de Metzger, toma nas suas mãos a tarefa de descobrir o culpado e isola os presentes na casa do bosque. Assustadas, frágeis, e egoístas, as personagens começam a desabar, atraiçoando-se e acusando-se mutuamente, sob a influência do carismático e perigoso Bosco, que desaparece para o interior do bosque, dando início a um cerco. E, um a um, os protagonistas vão ser confrontados com os seus piores medos, num pesadelo assassino que parece só poder terminar quando não sobrar ninguém para contar a história. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário