Singapura.
Singapura é interessante pelo facto de ser um país-cidade-estado e de conseguir ser uma espécie de Suíça na Ásia, pela sua limpeza, ordem, modernidade e segurança. E é exactamente por ser assim, demasiado europeia que não me fascina tanto como outras cidades asiáticas.
Em termos de arquitectura tem edifícios como o hotel Marina Bay Sands que são fabulosos e aos quais é possível subir para desfrutar da vista, vista esta constituída por outros arranha-céus. Mais interessante ainda é andar na Singapura tradicional, nomeadamente na Chinatown e Little India agarradas ao passado com os seus magníficos edifícios coloniais.
A primeira noite foi passada num hotel em Little India onde constatámos no caril servido ao pequeno-almoço que éramos os únicos não indianos. A limpeza do hotel deixava a desejar e cedo mudámos para a Chinatown para um boutique hotel lindo mas onde mal cabiam as malas no quarto. Fica a nota para os mais distraídos, os hotéis em Singapura são demasiado caros e a expressão luxo asiático aqui é mesmo luxo!
Entre os vários sítios por onde estive na cidade, nas minhas memórias destaca-se um bar cujo ambiente replicava um hospital. Uma coisa assim entre o inovador e o horrível. Os clientes sentam-se em cadeiras de rodas, bebem por tubos que vêm de sacos de soro, bebem shots em seringas...Creepy...
Outro sítio, entre o giro e o kitsch é uma discoteca com música dos anos 80 em que cada música é dançada com coreografia, coreografia essa que consiste em traduzir por gestos a letra da música. Na pista estão os profissionais da linguagem gestual em lugares de destaque para que os outros, os imitadores, possam acompanhá-los e venerá-los. Nota máxima para o "Last Christmas" do George Michael que é uma letra que se presta muito a este tipo de espectáculo :-)
Passagens obrigatórias são hotéis como o Raffles, para um sling e amendoins que nos fazem viajar aos tempos coloniais britânicos, o Marina Bay Sands para o deslumbre da vista e da piscina, e o Fullerton pela sua classe de antigo posto dos correios convertido em hotel.
Na minha memória ficou também uma cidade com vários idiomas, confluência de vários grupos étnicos que convivem pacíficamente, cada um ocupando o seu bairro que enchem com os seus letreiros na língua mãe, com os seus sítios/templos de oração e com os seus costumes e comidas tradicionais.
Singapura para mim é um sítio de passagem e não de permanência. Tem redutos de modernidade e outros de tradição, tem várias religiões e etnias que lhe dão um colorido e diversidade interessante mas é uma cidade obcecada com regras e a ordem...e isso para mim não é a verdadeira essência da Ásia.
Mais uma vez contámos com a ajuda de locais que nos guiaram para a Singapura dos contrastes e das tradições. Arigato/Danke à Naomi e xie xie à Deborah :-)
Em termos de história....
Antes da colonização europeia, a ilha agora conhecida como Singapura, foi uma vila de pescadores malaios na foz do rio Singapura. Em 1819, a Companhia Britânica das Índias Orientais, liderada por Sir Stamford Raffles, estabeleceu uma feitoria na ilha, que foi utilizada como um porto na rota das especiarias. Singapura tornou-se um dos mais importantes centros comerciais e militares do Império Britânico e centro do poder britânico no sudeste da Ásia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a colónia britânica foi ocupada pelos japoneses após a Batalha de Singapura, que Winston Churchill apelidou de "a maior derrota da Grã-Bretanha". Singapura voltou para o domínio britânico em 1945, imediatamente após a guerra. Dezoito anos depois, em 1963, a cidade, tendo alcançado a independência do Reino Unido, fundiu-se com Malaya, Sabah e Sarawak para formar Malásia. No entanto, a operação não foi bem sucedida e, menos de dois anos depois, separou-se da Federação e tornou-se uma república independente dentro da Comunidade das Nações, em 9 de agosto de 1965 (fonte: wikipedia).
O Merlion, como o próprio nome indica é uma mescla de leão e sereia, o símbolo da cidade de Singapura.
Sem palavras....
A vista do topo do Marina Bay Sands. Na altura decorriam os Jogos Olímpicos da Juventude.
Do lado esquerdo, pode-se ver uma parte do hotel Marina Bay Sands que concretiza o conceito de verdadeiro luxo asiático.
Deve ter sido por causa dos Jogos Olímpicos que tivemos direito a fogo de artifício e jogos de luzes. Foi lindo!
Os arranha-céus que dominam a linha do horizonte.
O Marina Bay Sands, um ex-líbris da arquitectura e do luxo, a nova grande atracção de Singapura.
Raffles Hotel, uma passagem obrigatória para beber um Sling.
O Marina Bay Sands, um ex-líbris da arquitectura e do luxo, a nova grande atracção de Singapura.
Raffles Hotel, uma passagem obrigatória para beber um Sling.
À entrada do Hotel Raffles...
O bar do hotel que mantem a decoração original nomeadamente no que toca ao sistema de ventilação. Com as bebidas vem uma taça de amendoins cuja tradição é comer e mandar as cascas para o chão...e é assim que no final da noite o chão está neste estado.
Num dos mercados nocturnos. Singapura não é dos melhores lugares para as compras. Nada como um bom mercado nocturno Chinês ou Tailandês :-)
Na Chinatown com as casas coloniais bem preservadas mas à sombra dos arranha-céus.
E mais um casamento, com um staff impressionante...
Em Little India, onde até as placas das ruas também mudam...
Um templo impressionante na Little India.
A avenida principal das lojas
Hã?
A cidade das regras e das multas...por todo o lado está o trocadilho "the fine city", pois tudo o que é proíbido (e há muita coisa) vem logo com a indicação de quanto será a multa. Este cartaz estava no metro.
E na praia também há regras...chatos...
E a forma ilustrativa como dissuadem as pessoas de fumar...M-E-D-O!
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