Finlândia.
Helsínquia.
Aterrámos em Helsínquia e apanhámos um autocarro para o centro da cidade que ainda fica um pouco longe. A meio caminho, no meio do nada, há um grito da parte detrás do autocarro a chamar por um médico. O autocarro pára e chamam uma ambulância enquanto o homem é assistido por um médico a bordo. Aparentemente, o homem em questão tinha tido um ataque de epilepsia, condição que ainda não lhe tinha sido diagnosticada. Esperámos pela ambulância apinhados no autocarro e com o homem já estendido no chão da paragem. Chega a ambulância e a voltamos a seguir viagem já sem o senhor.
Não fiquei muito impressionada com Helsínquia apesar de até ter estado calor o que ajuda a dissipar mais o ar melancólico e austero da cidade. No Inverno, andar nesta cidade com frio e nuvens deve ser de cortar os pulsos... Acho os Finlandeses das criatura mais estranhas que conheço. Tenho inclusive amigos Finlandeses de quem gosto bastante mas que sempre pareceram exalar uma tristeza que vinha de muito de dentro. Em Helsínquia confirmei essa minha percepção com as pessoas com quem me cruzei. Adicionalmente, saltou-me à vista o número fora do comum de jovens góticos/metaleiros, gente pálida (o que não é difícil) que se veste de preto e cuja minha imaginação galopante me leva logo a pensar em sacrifício de galinhas numa qualquer floresta da Finlândia.
Será da falta de sol? Será por serem uma jovem nação que foi oprimida por outras (Suécia e Rússia) durante muito tempo? Não sei qual será a resposta mas para mim os Finlandeses debaixo da cortesia e da cara fechada são um mistério.
Helsínquia é uma cidade pequena que facilmente se faz a pé mas onde também facilmente se apanha um eléctrico para nos deslocarmos. A presença da água é uma constante que alivia a austeridade das linhas rígidas dos edifícios de inspiração soviética. Talvez seja essa dureza de linhas que faça com que Helsínquia não seja uma cidade para o meu coração habituado à suavidade e doçura de outras cidades. Há também outro pormenor que é o custo de vida que é assustador para quem como eu vem do sul da Europa. Pelo meio fica uma cidade com lojas de design muito giras e com espaços de lazer bem conseguidos à beira da água. Em Helsínquia tudo começa e termina na água.
O porto de Helsínquia que ficava mesmo perto do nosso hotel (e eu que adoro portos e gruas!). Por detrás, do lado direito, fica o terminal do ferry para Tallin (Estónia).
Ainda no porto.
Os mercados em segunda-mão, tão apreciados nos países do norte da Europa.
Camisas entrelaçadas fazem a arte na rua.
A rua das compras, se bem que com os preços altos de Helsínquia não houve grandes compras a fazer.
O nome das ruas sempre em Finlandês e em Sueco.
Praça do Senado com a Catedral em fundo.
Pormenor da catedral de Helsínquia (de religião luterana).
Praça do Senado vista da Catedral (com a minha lente fish-eye)
O amor em Helsínquia :-)
A zona ribeirinha que dá para a Praça do Mercado.
Vista da catedral ortodoxa Uspenski para a marina
E mais uma ponte e mais umas resmas de cadeados do amor...
Pormenor de um edifício.
A marina.
A reciclagem que é levada muito a sério com estes 8 diferentes tipos de caixotes recolectores.
No centro da cidade
A zona moderna dos restaurantes (perto da estação central).
Igreja Temppeliaukio que está escavada dentro deste monte de pedra. Na imagem vê-se a cúpula por onde entra a luz nesta igreja subterrânea.
Girafas à conversa na varanda do museu (penso que era o museu de história natural).
A estação central que é gira. Os candeeiros/candelabros no interior da estação são dignos de registo bem como o painel de chegadas/partidas que tinha os destinos mais impronunciáveis, com palavras que nunca mais acabam e cheias de vogais.
Pormenor dos candeeiros da fachada da estação central.
No centro e com as ruas dominadas pelos eléctricos.
E mais um exemplo da falta de doçura da cidade...homens nus com martelos...
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