quarta-feira, 2 de maio de 2012

Seoul, a capital com medo

Coreia do Sul.
Seoul.


Fui a Seoul com a expectativa criada nos anos 80 com os Jogos Olímpicos (ainda tenho a cerimónia inaugural num VHS, já não tenho é leitor de VHS...) e com o mundial de futebol de 2002 no meu pensamento. Neste mundial, fiquei fascinada com a forma como vibravam com futebol  e em especial com forma como se expressavam em grupo, era uma massa humana de apoiantes "espontaneamente" organizados e sincronizados no entusiamo e nas celebrações, como aqui:


Culturalmente/socialmente, a Coreia do Sul pareceu-me uma mistura de Japão e China mas com um alfabeto próprio (derivado do Chinês e também ele inexpugnável). Em Seoul têm as tecnologias, os arranha-céus, os templos e a vida dedicada ao trabalho como no Japão, e têm os mercados nocturnos e a coisa de comer na rua em pequenas barraquinhas como os Chineses. É uma cidade interessante e cara mas não tão fascinante como Tóquio ou Pequim. Tem também em comum com estas duas últimas cidades o facto de ninguém falar Inglês, o que é um verdadeiro desafio especialmente no metro...Outra coisa que ficou aquém das expectativas foi a comida, eu que adoro comida asiática foi dos poucos países onde não fiquei fã da comida, tirando do churrasco Coreano, ao estilo faça/cozinhe você mesmo (muito parecido ao churrasco Japonês).

O hotel também foi uma experiência interessante...eu devia ter suspeitado quando o reservei pelo Booking.com....Dodo Love Hotel...o nome poderia ter indicado alguma coisa mas não, só quando de noite a cave do hotel fervia com néon e um totem insuflável, com fotos de raparigas aparecia junto à recepção, é que percebi que se calhar havia ali negócio paralelo. De qualquer forma, o hotel era óptimo (tinha o maior plasma que alguma vez vi na vida) e barato (como se quer) por isso desliguei a minha imaginação do que poderia estar a acontecer na cave e gozei o plasma.


Mais recentemente, li na Economist (e que não será assim muito surpreendente) que a Coreia do Sul em 5 anos deverá tornar-se mais rica que o Japão, apresentado desta forma um maior PIB per capita ajustado ao PPP do que este.

Ver artigo aqui:
http://www.economist.com/node/21553498



À porta de um dos 5 grandes palácios de Seoul.


Estes bichos estão por todo o lado e fazem um zumbido (todos juntos) insuportável e que se ouve na cidade toda.
No Palácio que faz lembrar um bocado a Cidade Proíbida mas em mais pequeno.

Este palácio em especial está encravado no meio de arranha-céus...
Os figurantes do Palácio...
E mais figurantes...
O sistema para guardar chapeús de chuva que devia ser replicado no ocidente.
Casa de banho da Imperatriz!
Casa de Banho do Imperador!
A avenida principal de Seoul que dá para outro Palácio (outro dos 5 de Seoul) e para a montanha.
A mesma avenida vista do outro lado.

Esta estátua era impressionante pelas proporções e porque uma das mãos movia-se!!! No entanto, não percebi bem sobre o que era...
Uma das avenidas de arranha-céus...e cá está a estátua do lado direito já com a mão noutra posição...
By night, cheia de néons (como boa cidade asiática).

Na parte destinada aos comes e bebes na feira nocturna. As feiras não eram muito apelativas porque eram caras e não tinham toda a tralha que se pode encontrar na China (na China o factor preço baixo e a adrenalina do regateio, leva-nos a comprar coisas que nunca pensámos em comprar).
Vista para o rio que atravessa a cidade.
Bonecada asiática.
Comer na rua - parte II (ao estilo Chinês).
Visita a outro dos 5 palácios de Seoul. Em Agosto, o clima é complicado de suportar devido às altas temperaturas conjugadas com a elevada humidade (por isso e para manter a brancura da pele, as mulheres usam as sombrinhas para se protegerem).
Foto de família!


Chicken Art???? Será com as penas, com os pés, com os ossos...? Para além da arte do churrasco que mais se pode fazer com galinhas?

Uma pausa no Verão insuportável.
Outro aspecto interessante da história do país é a amizade que perdura com o EUA e ao mesmo tempo o medo que impera face ao vizinho de cima (sabem de quem eu estou a falar!). Esta é a entrada para o Korean War Museum, onde é apresentada uma versão (talvez parcial ou não) da história e da guerra entre as duas Coreias. Um dia quando eu for a Pyongyang irei ver o outro lado da história que tenho para mim que deverá ser muito mais criativo que este. Por este museu e pelo contacto com os nossos amigos, percebe-se que há o sentimento constante de se viver ao lado de uma bomba relógio que não se controla. Daí, a actualidade ser marcada por actos isolados de espionagem, de ameaças e de pequenos incidentes que vão sendo vividos sempre na iminência de algo maior vir a acontecer. É uma guerra de nervos, especialmente porque Seoul não fica muito longe da fronteira....

 Seoul







Nenhum comentário:

Postar um comentário