terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sri Lanka: Nuwara Eliya, na terra do chá e da contrafação

Nuwara Eliya.
Sri Lanka.

Nuwara Eliya fica no meio das montanhas mais altas do Sri Lanka, bem no centro do país. Nuwara Eliya, propriamente dita é uma rua de comércio, mais precisamente, uma rua de contrafacção. A história é que todos eles vão comprar às múltiplas fábricas internacionais que produzem no Sri Lanka marcas como Columbia, North Face, Ralph Lauren...

As montanhas em redor de Nuwara Eliya estão cobertas por plantações de chá dominadas por nomes ingleses. O chá foi introduzido quando as plantações de café, anteriormente introduzidas nesta zona, foram dizimadas. Esta zona geográfica de montanha, chuvosa e de temperaturas mais baixas foi apelidade de Little Britain pelos ingleses que se deslocavam para aqui quando o calor de Colombo se tornava insuportável.


A estrada de montanha.
 Os macacos na beira da estrada comendo o lixo.
 Resmas de macacos na beira da estrada.
Trabalhadoras Tamil a colher as folhas do chá. Estas trabalhadoras recolhem cerca de 20kg de folhas de chá por dia e recebem entre $2 a $3. O chá encontra-se nas encostas logo os acessos são um desafio conjuntamente com as condições metereológicas. Neste dia chovia a potes e o nevoeiro no topo das montanhas fez-se sentir constantemente.


 Nas encostas estão o nome dos produtores de chá, como este, todos de origem inglesa.
Entrada para a fábrica de chá, Glenloch.
 A fábrica de chá. O processo produtivo deve ter evoluído pouco desde a revolução industrial, a avaliar pelas máquinas e pela quantidade de procedimentos manuais ainda envolvidos.
 A 1ª fase do processo: a secagem. Pelo tapete sopra uma aragem quente que vai libertando as folhas de toda a humidade que trazem.
Outra etapa do processo. O chá passa manualmente de máquina para máquina.
 Separação entre os vários tipos de chá (melhor e menor qualidade).
 Prontinho para ir para o leilão em Colombo ou com autorização especial, directamente para Londres. O melhor chá é vendido ao estrangeiro, o pior fica para consumo nacional.  
 A caminho de Nuwara Eliya.
 Sempre com cascatas fantásticas a acompanhar as montanhas.





 E mais macacos no lixo da beira da estrada...

Fiquei impressionada de como no meio da confusão desta farmácia, sem sistema informático que gira estas referências todas, ele encontrou o que lhe pedi num abrir e fechar de olhos. Perguntei-lhe qual era o sistema que usava. Ele respondeu que era a...memória!
 Este episódio foi surreal....neste dia, foi aberto ao público a residência oficial do presidente em Nuwara Eliya. Dado que ele deve vir umas duas vezes por ano aqui, decidiu fazer dinheiro com visitas de turistas a esta cottage inglesa no meio das montanhas. O hilariante é que neste dia como foi a abertura, convidaram todos os turistas que estavam nos hotéis da zona a ir lá. Nós nem sabíamos bem ao que íamos...quando chegámos estava a mesa presidencial montada, a servir pequeno almoço a um grupo de turistas tão perdidos quanto nós, rodeados de operadores de câmara e jornalistas. No fundo, eles precisavam de figurantes para fazer a cerimónia de abertura e atraíram-nos ali para servirmos esse propósito. Foi querido e fomos recebidos como umas estrelas...no final, tirámos uma foto todos juntos à porta de entrada com os guardas e staff da casa. Foi tudo surreal e hilariante...
A casa é gira e mais uma vez é surreal que esta casa que podia estar em North Yorkshire ou qualquer outro sítio rural do UK, está aqui. 


O pequeno almoço a ser servido à turistada (que ainda estava a tentar perceber o sentido de tudo isto). 
 O salão já sem a turistada.
 A cozinha.


 Um dos quartos. 
 O staff da casa que tão bem nos recebeu. Deram-nos pequeno-almoço, fizeram-nos uma visita guiada e despediram-se à porta. Se é assim connosco, não sei como será com a rainha de Inglaterra e ela também já pernoitou aqui.
 A casa vista de fora (e mais uma vez chovia a potes).
 Povoações na montanha.
 Mais trabalhores de chá.
 Agora sem grande ampliação, parecem formigas nos carreiros da montanha.




quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sri Lanka: Kandy e o dente de Buda

Kandy.
Sri Lanka.

Kandy é outra das cidades ancestrais e mais uma na lista de património da Unesco. É a segunda maior cidade do Sri Lanka e destaca-se pela sua geografia, posicionada no meio de montanhas e com um lago no meio.

 O templo com a relíquia do dente de Buda (o dente está dentro de um relicário e por isso na verdade não se vê dente nenhum).
Ao fundo, na janela, vê-se o relicário dourado onde consta o dente. A fila normal passa em frente à janela, enquanto que nesta espécie de sala em frente ao relicário estão as mães com bebés que vão lá para benção.


As estátuas douradas e os macacos (aos montes) nos jardins do templo budista.
Fora do templo, vendem-se flores para os crentes oferecerem a Buda.
Aqui está mais um De Silva...
Ruas de Kandy...não muito diferentes de Colombo.


Alfaiataria em mini-shopping (a máquina é antiga como tudo).

Vista sobre a cidade, com as montanhas ao fundo e o lago no meio.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Sri Lanka: Polonnaruwa, uma das cidades ancestrais


Polonnaruwa.
Sri Lanka.

Depois de Colombo, seguimos para Polonnaruwa, uma das cidades ancestrais do Sri Lanka, com um complexo notável de templos e complexo real (todos em ruínas). Tornou-se capital depois do declínio de Anuradhapura em 993, atingindo o apogeu no séc. XII. Hoje faz parte da lista da Unesco de património da humanidade. 

Não há auto-estradas no país, com excepção do troço Colombo-Galle (no sul) que abriu há apenas uns meses. Todos os trajectos são feitos em estradas que vão passando pelo meio das aldeias/cidades, ladeadas de pessoas, animais (vacas, cães, o ocasional elefante, etc), trotinetas e outros carros. Logo a velocidade geralmente não ultrapassa os 50km/h, o que faz com que cada percurso demore horas!!!

A condução é à inglesa e não se alugam carros mas sim carros com motorista... e depois de ver as estradas e o trânsito é realmente melhor assim. As estradas parecem um jogo de computador em que o condutor tem que constantemente desviar-se dos múltiplos obstáculos que vão aparecendo (sem os matar e sem se espetar neles). A cereja no topo do bolo era a ultrapassagem do carro que já está a ultrapassar, assim ficávamos 3 carros, lado a lado, de frente para os carros da outra faixa....MEDO...


O ocasional elefante na beira da estrada.
Visita a um parque natural. Como medir a altura da água para ver se o jeep dá para passar? Entrando nela...e os crocodilos ali por perto...
Afinal ainda dá para passar...
Águia 
Elefantes no seu habitat (chovia a potes)









 Vista para o lago, da varanda do nosso hotel.
 Water monitors (ou como quem diz lagartões, primos do dragão de Komodo) na beira da estrada



 Nas ruínas da cidade imperial (e mais uma vez chovia a potes)
 Os templos, sempre cheios de macacos





 O nosso guia, um historiador reformado que como não recebe reforma, dedica-se a fazer tours dos templos.


 Uma iguana no meio dos templos...(e eu descalça...ui)






 Foto de família
 Mais um animal exótico na beira da estrada...
Os elefantes vistos da estrada.

 Sigiriya, o rochedo onde no topo estão as ruínas de um complexo real (não cheguei a ir ao topo, não havia tempo para tudo)
 Golden Temple, em Dambulla.